Os sentidos da religião

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A proposta deste livro parte de um acordo sobre os ganhos advindos da “virada material” na Antropologia, mas pretende reconsiderar o veredito da representação como algo “superado”. Não se trata de um “resgate” e de uma “reação” em nome da representação. Não propomos nenhum retorno. Não ignoramos a potência das críticas à noção de representação; pelo contrário, partimos do acúmulo delas para fazer provocações capazes de explorar tensões e abrir espaço para algumas discussões que o status atribuído à noção de representação em alguns circuitos – como “superada” – pode ter eclipsado. O que ensejamos é problematizar a oposição entre representação e presença mantendo a prioridade estabelecida pela última. Em outros termos, interessa-nos apontar que a representação pode ser mantida como uma categoria pertinente de maneira articulada aos temas que a “virada material” busca privilegiar.
O campo de estudos da religião, ilustrado pelos resultados de pesquisas que são apresentados nos dez capítulos deste livro, constitui uma área profícua para debates dessa natureza. Em meio à diversidade de tradições religiosas, constatamos uma rica elaboração de práticas e cosmologias, com destaque para aquelas que envolvem o corpo e a produção e disseminação de imagens em vários suportes físicos.
O título deste livro sugere que dimensões que outras perspectivas opõem podem ser conjugadas, em modo semelhante ao que fazemos quando não separamos representação e presença. O que está em jogo é investirmos na relação entre representação e materialidade apostando tanto nas práticas como caminho metodológico para análise da produção dos fatos, como também o papel que os referentes religiosos estabelecidos desempenham ao orientá-las.

1a. Edição: 2024
284p.

Categoria:

Descrição

A proposta deste livro parte de um acordo sobre os ganhos advindos da “virada material” na Antropologia, mas pretende reconsiderar o veredito da representação como algo “superado”. Não se trata de um “resgate” e de uma “reação” em nome da representação. Não propomos nenhum retorno. Não ignoramos a potência das críticas à noção de representação; pelo contrário, partimos do acúmulo delas para fazer provocações capazes de explorar tensões e abrir espaço para algumas discussões que o status atribuído à noção de representação em alguns circuitos – como “superada” – pode ter eclipsado. O que ensejamos é problematizar a oposição entre representação e presença mantendo a prioridade estabelecida pela última. Em outros termos, interessa-nos apontar que a representação pode ser mantida como uma categoria pertinente de maneira articulada aos temas que a “virada material” busca privilegiar.
O campo de estudos da religião, ilustrado pelos resultados de pesquisas que são apresentados nos dez capítulos deste livro, constitui uma área profícua para debates dessa natureza. Em meio à diversidade de tradições religiosas, constatamos uma rica elaboração de práticas e cosmologias, com destaque para aquelas que envolvem o corpo e a produção e disseminação de imagens em vários suportes físicos.
O título deste livro sugere que dimensões que outras perspectivas opõem podem ser conjugadas, em modo semelhante ao que fazemos quando não separamos representação e presença. O que está em jogo é investirmos na relação entre representação e materialidade apostando tanto nas práticas como caminho metodológico para análise da produção dos fatos, como também o papel que os referentes religiosos estabelecidos desempenham ao orientá-las.

1a. Edição: 2024
284p.

Informação adicional

Peso 0,444 kg
Dimensões 16 × 23 × 1,5 cm