Exibindo 1–16 de 73 resultados

  • (Des)prazer da Norma (PDF livre)

    R$ 0,00

    As relações de gênero, sexualidade, afeto e família estão no epicentro dos debates político-morais que atravessam nossa realidade contemporânea. Seus limites, formas e dinâmicas apresentam-se como matéria de governos e violências. E, às vezes, como parte do desejo por governos violentos que vemos circular e ganhar espaço crescente em nossa sociedade. A chegada da coletânea (Des)prazer da norma deve ser saudada, assim, não apenas com admiração intelectual pelo rigor teórico e apuro etnográfico presentes em cada texto, mas também com o reconhecimento da coragem política e epistemológica que nela pulsam.

  • A confissão

    R$ 50,00

    “A confissão (2009) tem como protagonista o Conde Vladimir Hilario Orlov, especialista em “falar, contar, inventar” e “virtuoso da amnésia”. Com ele a leitora e o leitor sentam num sofá durante festejo familiar cheio de crianças e parentes de todos graus, num certo bairro de Buenos Aires. Um menino faz o relato disparar a toda ao se apossar das lentes de cristal de um velho projetor, cobiçadas pelo Conde. Este é um descendente de europeus do leste na Argentina profunda de peronistas e antiperonistas, fratura exposta na narrativa. Orlov, um intelectual “curtido no sindicalismo combativo e na imprensa trabalhista” mas com tendências aristocráticas, é também “um farsante inveterado” que nunca trabalhou e pretende ainda uma vez garantir a sobrevivência (leitmotiv recorrente em Aira) recuperando o pequeno tesouro com seu “brilho tóxico”. O que vem a seguir – um jorro de sangue do palato, a demora do médico no casamento da paralítica, as balas Átomo de Orlov-Moldava, as balas Gol Atômico, a fúria do velho Moldava com a concorrência, os cabecitas negras, Elena Moldava de Parque Patricios, a marcha dos Metalúrgicos, o duelo de relatos, a pobreza, o nenê fumante, o Amo do Jogo (da guerra), a potência de iluminação das imagens… –, o que segue não é (nunca é) passível de resumo na prosa de César Aira”. (Texto de Joca Wolf)

    Tradução de Ieda Magri, Hugo de Almeida, Juliana Ribeiro e Mariana Teixeira

  • A escrita da cultura. Poética e política da etnografia

    R$ 62,00

    Writing Culture é uma coletânea de artigos de prestigiosos antropólogos de formação anglo-saxã, editada originalmente em 1986, que demarcou uma nova tendência intelectual nos estudos sobre a sociedade e a cultura, hoje conhecida como “pós-modernismo” (ou, pelo menos, como um dos “pós-modernismos”). Seus autores tinham formações acadêmicas muito diversas, mas se haviam unido dois anos antes em um seminário da School of American Research, realizado em Santa Fé, para discutir a questão da “elaboração dos textos etnográficos”. A relação entre a experiência etnográfica e a construção das narrativas em que se apresentam a análise e a interpretação dos supostos “fatos” é o cerne da discussão aqui encetada.

  • A escrita dos mundos de mulheres

    R$ 65,00

    Ao invés de apresentar uma análise de como os beduínos Awlad ‘Ali se organizam e se comportam, feita em sua primeira etnografia “Veiled Sentiments”, desta vez Abu-Lughod narra episódios e histórias que presenciou e ouviu, para argumentar que instituições e valores culturais ganham existência através de indivíduos particulares. Publicado originalmente em 1993, continua sendo um ensaio primoroso sobre a construção das representações antropológicas enquanto questão teórica, metodológica e política. Esta cuidadosa tradução para o português feita por Maria Claudia Coelho oferece assim ao público brasileiro a oportunidade de desfrutar de um dos melhores experimentos de escrita da antropologia americana pós-moderna.

  • A grande camuflagem. Escritos de dissidência (1941-1945)

    R$ 65,00

    “A Grande Camuflagem revela o jogo de ocultações da verdade africana nas Antilhas, escondido sob as roupagens do olhar colonial. Para Suzanne Roussi Césaire, a descoberta e reconhecimento da identidade antilhana, – fruto de um processo histórico de “mestiçagem contínua” que lhe confere pluralidade – demanda duas ações: transcender as antinomias branco/preto, europeu/africano, civilização/barbárie, tão relevantes na época em que viveu; mas também, libertar-se da mediocridade cultural geradora de “uma literatura de redes, açúcar e baunilha”. A Grande Camuflagem é uma obra de escritos apaixonantes e apaixonados, isto é, de escritos dissidentes”. (Mara Viveros)

  • A ilha deserta / Savério o cruel

    R$ 40,00

    Estreamos a Coleção Bertolt, em grande estilo, com a publicação do livro contendo as obras “A Ilha Deserta” e “Savério o cruel”, do escritor e dramaturgo argentino Roberto Arlt.

    A ilha deserta: Em uma luminosa oficina no topo de um arranha-céu, uma equipe de funcionários e funcionárias decidem parar o trabalho e acabam em uma suruba, enfeitiçados pelos relatos de viagens fantásticos do faxineiro Cipriano, o mulato.

    Savério o cruel: Um grupo de mauricinhos e patricinhas inventa uma zombaria perversa contra Savério, o manteigueiro da família. Trata-se de uma farsa na qual Susana finge estar louca e precisar da ajuda de Savério, quem deverá assumir o papel de um coronel golpista para tentar curá-la, convertendo-se assim em “Savério, o cruel”. (Qualquer semelhança desta ficção ambientada em 1936 com acontecimentos atuais do Brasil é mera coincidência!)

    Tradução: Rodrigo Labriola, Victória Louise Mattos e Luana Schweizer

  • A memória como um campo etnográfico. Antropologia ex post facto

    R$ 65,00

    “O campo é um momento que existe na memória,
    que aparece como mágica a cada linha que escrevemos sobre ele”.

    Neste livro, Igor Machado olha meticulosamente para o seu passado, o transforma em trabalho de campo e propõe realizar uma antropologia ex post facto. É um esforço retrospectivo para definir quem foram os interlocutores, sobre o que trocaram e o que foi, afinal, aquele empreendimento de pesquisa.
    Ele dissolve as fronteiras entre “eu”/“outro”, “dentro”/“fora”, “casa”/“campo”, “campo”/“não campo”, “tempo”/”espaço”. Mais do que isso, ele propõe um embaralhamento entre vida e antropologia para produzir conhecimento sobre as esferas do vivido.
    Sem nunca ser um manual, este é um livro sobre métodos de pesquisa. Uma discussão que começa em nossas memórias íntimas e, numa aventura arrojada, amplia lindamente os limites da etnografia. (Texto de Soraya Fleischer)

  • A perversão domesticada. BDSM e consentimento sexual

    R$ 45,00

    A Perversão Domesticada analisa o discurso BDSM — sigla para práticas sexuais que envolvem dominação, submissão e sadomasoquismo —, tal como presente em manuais de orientação para sua prática, disponíveis na internet. O foco está na importância atribuída à garantia de que a prática do BDSM seja “sã, segura e consentida”. Particularmente central para os praticantes é a noção de “consentimento”, condição essencial para que o BDSM não se confunda com a violência sexual.

  • A senha dos solitários. Diários de escritores

    R$ 50,00

    Neste livro Alberto Giordano reúne ensaios que percorrem diários de escritores como Virginia Woolf, Rodolfo Walsh, Julio Ramón Ribeyro, Alejandra Pizarnik, John Cheever, Roland Barthes, Rosa Chacel e Ángel Rama. Ao tempo que o ensaísta nos faz mergulhar nas vidas, pensamento e hábitos do oficio dos escritores, sua analise vai deixando ao descoberto as principais características do gênero, desenhando um mapa possível para quem quer se adentrar pelos meandros deste tipo de escrita da intimidade.

  • A vida em cenas de uso de crack

    R$ 45,00

    Este livro descreve um encontro entre uma equipe de saúde, chamada consultório na rua, e aquelas pessoas que se tornaram, ou não, suas usuárias. Encontro dado nas ruas, calçadas e nas linhas de trem da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Trata-se também do encontro entre uma certa droga, o crack, e muitos corpos, inclusive aqueles institucionais que emergiam e intervinham nas cenas muitas vezes com um ímpeto de extermínio. E o que dizer da cor daqueles corpos que apareciam como alvos dessas instituições? O livro de Erick Araujo anuncia como a vida se dá concretamente nos encontros nas ruas e nas cenas de uso de crack, como a partir deles ativa-se todo um manejo existencial.

  • As cores da masculinidade. Experiências interseccionais e práticas de poder na Nossa América

    R$ 62,00

    ​As cores da masculinidade é um livro importante e inspirador. Combina pesquisa social agudamente observada, apresentação clara de um campo de conhecimento emergente e uma perspectiva pós-colonial particular sobre gênero, homens e masculinidade. Abordando questões sobre masculinidades negras, o livro também revela a fabricação da branquidade e da masculinidade hegemônica branca. O público leitor alcançará uma compreensão mais profunda da violência social, da cultura popular e do racismo, bem como das mudanças contemporâneas nas relações de gênero.

  • As máscaras do mar

    R$ 25,00

    Neste pequeno ensaio, o escritor catalão Rafael Argullol (1949), percorre as imagens e significados do mar na literatura. Evocando obras de Paul Valéry, Herman Melville, Joseph Conrad e Edgar Allan Poe, Argullol propõe uma viagem pela “linha do horizonte” como espaço ideal para compreender as distintas formas de ser. “Há dois tipos de homens”, diz o autor, “os que sonham com aventuras através do mar e os que não. Uns e outros são irreconciliáveis”.

  • Autismo em tradução. Uma conversa intercultural sobre condições do espectro autista

    R$ 65,00

    Este extraordinário livro, que inclui artigos de nomes importantes no campo do autismo e da deficiência, é um experimento reflexivo. Ele insiste em desestabilizar tradições que privilegiam discursos clínicos/científicos ao invés de estéticos e fenomenológicos. Ele questiona a tendência nos estudos sobre saúde global de colocar o Sul Global na posição de “falta” de algo que o Norte Global pode oferecer. Este é um livro que deve ser lido, não apenas por aqueles que se interessam por autismo especificamente, mas por todos aqueles que tentam de alguma forma conciliar a ciência social crítica, a epidemiologia e as políticas públicas sem deixar de atentar para o modo como a experiência vivida pode ir além de categorias diagnósticas e discursos normativos.

  • Batalha de confete. Envelhecimento, condutas homossexuais e regimes de visibilidade no Pantanal – MS

    R$ 50,00

    Apoiado em cuidadoso trabalho etnográfico e histórico, Guilherme R. Passamani oferece importante contribuição para o campo de estudos sobre gênero e sexualidade. Desenvolvida em Corumbá e Ladário, cidades fundadas na fronteira ocidental brasileira, a reflexão do antropólogo explora outras tantas “fronteiras” e desloca certos lugares comuns e concepções canônicas dessa área de estudos. Problematiza, sobretudo, as ideias de que as grandes metrópoles são o habitat natural das dissidências sexuais e de gênero, que sexualidade e juventude são quase sinônimos e, finalmente, que o chamado “closet” homossexual é sempre um espaço inabitável. Mostra desse modo que, observadas a partir de suas “fronteiras”, sexualidade, geração e regionalidade não se apresentam como territórios claramente delimitados, mas sim como paradas momentâneas e instáveis em um fluxo incessante de deslocamentos, trocas e passagens.

  • Blue note – Entrevista imaginada

    R$ 70,00

    Blue note é um livro-mosaico, cujo sentido depende das combinações dos diferentes temas que aborda. Crítica literária, análise sociológica e registro etnográfico são algumas das áreas evocadas para o autor relacionar experiências autobiográficas, fatos históricos e debate político. Blue note envolve os leitores com o tecido da inquietação estética e filosófica. Sua linguagem às vezes explícita, às vezes labiríntica, se expõe como um exercício de montagem e desmontagem dos sentidos que atribuímos ao mundo. E daí procede o seu caráter de obra aberta ao diálogo e em processo de construção.

    Segunda edição revista e ampliada

  • Bolaño, Benjamin, Walser. Três ensaios.

    R$ 25,00

    Um homem passeia pelos Alpes suíços, percorrendo aldeias remotas e caminhos campestres na companhia de um amigo. Outro perambula por uma Moscou frenética, em busca de amor, velhos brinquedos e horizontes utópicos. Um terceiro vagueia pela Cidade do México, testemunhando a agonia de sua própria juventude e dos sonhos de sua geração, vivendo uma lenta glória apocalíptica marcada desde o início por uma tonalidade crepuscular. Robert Walser, Walter Benjamin e Roberto Bolaño são os autores que passeiam aqui nesses textos de Cristopher Dominguez Michael que, com excelência e graça, nos leva a transitar junto com eles em suas deambulações pelo feérico século XX. Artífice maior dessa combinação rara – a do resenhista jornalístico que trabalha com a intensidade inquisitiva do ensaio –, Dominguez Michael nos convida aqui a pensar com ele uma questão que, embora antiga, parece ainda fundamental: o que a obra oferece à indagação sobre a vida, a história e a experiência dos autores que com ela se inventam?