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R$ 50,00
Este livro reúne artigos sobre a vida econômica dos pobres urbanos, visando compreender como eles vivem e sobrevivem nas cidades brasileiras. Luiz Antonio Machado da Silva acompanha sua circulação entre trabalho formal, informalidade e seus diversos mercados, sempre atento às escolhas situadas que realizam, às estratégias que desenvolvem e aos arranjos que articulam para seguir vivendo. Analisando com sensibilidade etnográfica e sofisticação teórica ímpares como essas dimensões se imbricam no “mundo da vida”, Machado ilumina processos e antecipa questões centrais para quem se interessa pela relação entre mundo popular e acumulação urbana. Em suas palavras, este livro trata de “como a exploração é enfrentada no dia a dia pelas camadas populares e como daí deriva o modo de integração urbana”. Em tempos de crise da sociedade salarial e desinstitucionalização do trabalho, sua leitura é imprescindível.
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R$ 60,00
Os novos sentidos da paternidade são apresentados de maneira fascinante neste livro, que revela como as alterações na legislação brasileira e as novas técnicas de investigação, a partir do exame de DNA, dão significados inusitados à prática da busca de reconhecimento legal do pai biológico. Relatos comoventes de filhos que procuram esse reconhecimento desvelam os diferentes valores atribuídos à paternidade, à conjugalidade, à vida familiar, à adoção, ao cuidado e ao amor. Vemos assim como as mudanças legais e tecnológicas reverberam no modo como esses sujeitos concebem suas relações atuais e refazem suas interpretações sobre o passado e os dramas vividos na infância.
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R$ 65,00
A proposta deste livro parte de um acordo sobre os ganhos advindos da “virada material” na Antropologia, mas pretende reconsiderar o veredito da representação como algo “superado”. Não se trata de um “resgate” e de uma “reação” em nome da representação. Não propomos nenhum retorno. Não ignoramos a potência das críticas à noção de representação; pelo contrário, partimos do acúmulo delas para fazer provocações capazes de explorar tensões e abrir espaço para algumas discussões que o status atribuído à noção de representação em alguns circuitos – como “superada” – pode ter eclipsado. O que ensejamos é problematizar a oposição entre representação e presença mantendo a prioridade estabelecida pela última. Em outros termos, interessa-nos apontar que a representação pode ser mantida como uma categoria pertinente de maneira articulada aos temas que a “virada material” busca privilegiar.
O campo de estudos da religião, ilustrado pelos resultados de pesquisas que são apresentados nos dez capítulos deste livro, constitui uma área profícua para debates dessa natureza. Em meio à diversidade de tradições religiosas, constatamos uma rica elaboração de práticas e cosmologias, com destaque para aquelas que envolvem o corpo e a produção e disseminação de imagens em vários suportes físicos.
O título deste livro sugere que dimensões que outras perspectivas opõem podem ser conjugadas, em modo semelhante ao que fazemos quando não separamos representação e presença. O que está em jogo é investirmos na relação entre representação e materialidade apostando tanto nas práticas como caminho metodológico para análise da produção dos fatos, como também o papel que os referentes religiosos estabelecidos desempenham ao orientá-las.
1a. Edição: 2024
284p.
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R$ 65,00
Este é um livro sobre “religião material”. Parte da ideia de que não há religião sem materialidade e que as formas materiais não são um aspecto acessório ou consequente de uma anterioridade substantiva da religião. Tomar essa formulação como postulado inicial transforma o próprio modo pelo qual concebemos e analisamos a religião. Ao fazê-lo, nos afastamos da perspetiva que trata a religião como um fenômeno cognitivo, interior; da ordem da crença. Em contrapartida, insistimos em reconhecê-la a partir daquilo que é da ordem da experiência, das formas de mediação, dos corpos.
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R$ 65,00
Na encruzilhada entre a antropologia religiosa e a etno-história, esta brilhante etnografia da comunidade afro-americana da pequena cidade de Milot, no norte do Haiti, toma como fio condutor o discurso em torno das ruínas e das entidades imateriais que elas albergam. Através do prisma das narrativas sobre lugares ou acontecimentos paradigmáticos de seu passado, e decifrando com precisão o modo como a história é mobilizada nos atos e nas palavras de seus interlocutores, Bulamah realiza uma contribuição notável para o tema dos regimes de historicidade, ao mesmo tempo que situa o seu trabalho num quadro antropológico mais vasto.
Texto de Philippe Erikson
Université de Paris Nanterre
1a. Edição: 2024
344p.
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R$ 65,00
“Ao tratar dos tambores no contexto religioso afro-gaúcho, o livro de Leonardo Almeida debate temas que ocupam um espaço importante na antropologia da religião contemporânea: a relação estreita entre mídia e religião, a participação dos objetos nos contextos e nas práticas religiosas e os processos de profissionalização de músicos nesses contextos. Leonardo mostra como cada um desses temas assume dimensões próprias quando abordado sob o prisma da religiosidade de matriz africana e dos seus tambores e tocadores (os alabês). Também mostra o que se tem a ganhar quando eles são efetivamente integrados a uma etnografia. A grande contribuição do trabalho de Leonardo está precisamente na forma como essa integração é feita. No livro, seguimos tambores e alabês ao longo de sucessivas transformações nos terreiros, nas casas de artesãos, nos estúdios de gravação, em vídeos e cartões de visita. Ou melhor, ao longo de trajetos formativos que envolvem múltiplas ressonâncias, intensidades e mimetismos. A etnografia nômade de Leonardo é um traçado, ao mesmo tempo denso e aberto, desses trajetos”.
Miriam Rabelo
Universidade Federal da Bahia
Primeira edição: 2023
292 p.
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R$ 70,00
A tradução para o português do livro Teoria Crip: signos culturais entre o queer e a deficiência merece ser celebrada – e lida! – pelo público brasileiro. A obra de Robert McRuer é um ponto de virada para diferentes áreas das ciências sociais e humanidades, mas também é profundamente inspiradora para nos situarmos no mundo. Teoria Crip é uma crítica sagaz ao regime de capacidade corporal compulsória em que vivemos. Percorrendo variadas fontes de pesquisa, McRuer nos convida a desnaturalizar a distinção entre normal e anormal, entre capacidade e deficiência. A leitura do livro vai aguçando nossa percepção para como sinais da deficiência podem estar em lugares quiçá inesperados, como no casamento heterossexual, na lógica de produção universitária, em instituições financeiras como o Banco Mundial ou programas televisivos como “Queer Eye for the Straight Guy”. Com sua escrita rigorosa, provocativa e irreverente, é impossível sairmos ilesos da leitura de Teoria Crip.
Texto de Pedro Lopes, Universidade de São Paulo
Supervisão da tradução: Anahí Guedes de Mello e Olivia von der Weid
1a. Edição: 2024
348p.