Exibindo 17–32 de 73 resultados

  • Branquitude. Dilema racial brasileiro (PDF livre)

    R$ 0,00

    A branquitude (ou a brancura) não é o contrário de negritude. É oportuno lembrar que esses conceitos surgem e se enraízam nos discursos em diferentes momentos históricos, envolvendo fenômenos e propósitos diversos. Enquanto a negritude é um conceito tecido por um discurso êmico, para realçar sentidos de pertença e orgulho negro que o colonialismo destroçou, enquanto se elevou como voz regenerativa e em busca de afirmação identitária; a branquitude é um conceito elaborado a partir de um discurso ético, criado para desvelar certos processos e relações estruturais de dominação, para desmascarar a face oculta do colonialismo, como um operador sub-reptício de naturalização do branco e para transformá-lo em ideal e em universal.

  • Casa-Mundo

    R$ 65,00

     

    Mais que janelas para o mundo, as casas trazem o mundo dentro dela. Para dar concretude a essa formulação, o livro detém-se nas dimensões materiais, simbólicas e históricas das casas. Vistas do interior ou espreitadas a partir de ângulos inesperados, elas sedimentam a memória, instituem moralidades, reproduzem habitus de classe, modelam corpos, prescrevem afetos, fomentam a sociabilidade. Casas irradiam concepções de indivíduo e família, redes de parentesco, genealogias. Fixam tipologias de habitação, expressões estéticas e arranjos sociais. Vividas, narradas, lembradas, filmadas ou cantadas, criam imaginários de liberdade e exibem fraturas sociais. Provisórias, fabulam pertencimentos, forçam deslocamentos e perpetram exclusões. Caleidoscópicas, dão a ver relações entre o mercado e o Estado, estruturas de sentimentos e cosmologias do morar. Lugar de intimidade, elas são atravessadas pela política e por fronteiras porosas que obrigam a rever a dicotomia entre público e privado.

  • Com Barthes

    R$ 60,00

    O que pode a literatura como atuação política? Essa pergunta, que permeia “Literatura e poder”, primeiro ensaio deste livro, é respondida a partir da análise minuciosa de diversos textos de Roland Barthes, desde O grau zero da escrita (1953) até O prazer do texto (1973). Giordano está muito longe de situar essa preocupação política numa primeira fase de Barthes, como a maioria dos críticos: mesmo em suas obras mais experimentais, ou mais psicanalíticas, a pergunta pelo poder da literatura na sociedade está sempre lá. Mas o poder de Barthes não se reduz à política. Nos outros ensaios deste livro, Giordano nos mostra como a experiência e o prazer se inserem em seus textos críticos, em um gesto que beirava, no momento de sua escrita, o suicídio intelectual. Giordano não tampa os ouvidos para esse Barthes-sereia, mergulha com ele nesse abismo que se produz entre o afeto e a crítica, para nos mostrar que o grande poder de Barthes é nos fazer escrever. (Claudia Amigo Pino)

    Tradução de Diogo de Hollanda e Paloma Vidal
    Brochura
    120 páginas
    1a edição: novembro de 2023

  • Compondo Chiquinha Gonzaga. Contrapontos antropológicos

    R$ 65,00

    “Sabemos da aura fascinante que acompanha o nome de Chiquinha Gonzaga. Pioneira e transgressora, a compositora e maestrina habita o imaginário coletivo com seu exemplo de luta e vitória no enfrentamento de opressões e constrangimentos impostos a uma mulher no Rio de Janeiro do Segundo Reinado e Primeira República. Agora, saberemos mais.
    Compondo Chiquinha Gonzaga. Contrapontos antropológicos traz uma contribuição valiosa ao debate de questões centrais da cultura brasileira. Em torno da vida da compositora, o trabalho de Rafael do Nascimento Cesar tem uma amplitude de análise que interessa a todo aquele que se debruça sobre o fazer biográfico.
    Aspectos por muito tempo silenciados da vida pessoal da compositora são por ele analisados sem reservas. E muito mais abrange o seu olhar de pesquisador e intelectual, ampliando o encantamento que nos proporciona o relato de vida dessa personagem sem igual na galeria de personalidades brasileiras”.

    Edinha Diniz

    Primeira edição: 2023
    192 p.

  • ​Continuação de ideias diversas

    R$ 45,00
    A meio caminho entre um caderno de anotações, um diário, um rascunho de ideias, este livro raro de Aira reune pensamentos sobre literatura e arte, descrições de sonhos, lembranças de suas primeiras leituras, observações sobre a memória e o esquecimento e digressões sobre a arte da ficção. O livro está composto por uma série de fragmentos de não mais de uma página que, em espaço reduzido, funcionam com a potência inesperada do haicai.
  • Conversas etnográficas haitianas

    R$ 60,00

    Este livro resulta de uma singular experiência de etnografia coletiva, realizada durante mais de uma década entre o Brasil e o Haiti. Apresenta uma visão etnográfica e teórica consistente de um conjunto de questões chave da antropologia contemporânea; como sangue, família, dinheiro, comércio, frustração, misturas, feitiço, diáspora e ancestrais. Cada um dos capítulos conversa, por sua vez, com os outros: o sangue está incrustado na família, a mobilidade na frustração, os ancestrais no feitiço e assim por diante como em uma roda de conversa, ou como em uma conversa espiralada que, como toda etnografia, é sempre também cumulativa. Haiti, um universo de pessoas intensamente interconectadas que se estende além-fronteiras colapsando presente, passado e futuro; interações enraizadas nas experiências do colonialismo, da escravidão, da persistente miséria e do caráter inacabado da nação que faz da questão nacional uma obsessão não só entre os intelectuais que pensam o país, mas também entre as pessoas que vivem “o Haiti” e que estão obrigadas a lidar com “o Haiti” para pensar no futuro de suas vidas.

  • Conversas etnográficas haitianas (E-book)

    R$ 35,00

    Este livro resulta de uma singular experiência de etnografia coletiva, realizada durante mais de uma década entre o Brasil e o Haiti. Apresenta uma visão etnográfica e teórica consistente de um conjunto de questões chave da antropologia contemporânea; como sangue, família, dinheiro, comércio, frustração, misturas, feitiço, diáspora e ancestrais. Cada um dos capítulos conversa, por sua vez, com os outros: o sangue está incrustado na família, a mobilidade na frustração, os ancestrais no feitiço e assim por diante como em uma roda de conversa, ou como em uma conversa espiralada que, como toda etnografia, é sempre também cumulativa. Haiti, um universo de pessoas intensamente interconectadas que se estende além-fronteiras colapsando presente, passado e futuro; interações enraizadas nas experiências do colonialismo, da escravidão, da persistente miséria e do caráter inacabado da nação que faz da questão nacional uma obsessão não só entre os intelectuais que pensam o país, mas também entre as pessoas que vivem “o Haiti” e que estão obrigadas a lidar com “o Haiti” para pensar no futuro de suas vidas.

    Quando você comprar a versão E-book do livro, receberá um arquivo em formato Epub diretamente no e-mail cadastrado no nosso sistema.

  • Corrupção. Um estudo sobre poder público e relações pessoais no Brasil

    R$ 60,00
    A primeira versão deste livro foi escrita no começo dos anos de 1990. Nesta ocasião, o autor destacava o caráter cíclico do surgimento dos “casos” e “escândalos” de corrupção no debate público. Transcorridos os anos, o que se constata é algo a mais, a centralidade que o tema da corrupção passou a ocupar nas agendas públicas nacionais e internacionais.  Isto se expressa, por exemplo, na ampla legislação produzida sobre o tema, na criação de instituições de combate à corrupção, na difusão de programas e movimentos anticorrupção e na destituição de governos nos diferentes continentes em nome do combate à corrupção. Em suma, a corrupção ganhou o status de um problema público internacional, presente em países pobres e ricos, do sul e do norte, com regimes democráticos e autoritários.
  • Corrupção. Um estudo sobre poder público e relações pessoais no Brasil (PDF livre)

    R$ 0,00
    A primeira versão deste livro foi escrita no começo dos anos de 1990. Nesta ocasião, o autor destacava o caráter cíclico do surgimento dos “casos” e “escândalos” de corrupção no debate público. Transcorridos os anos, o que se constata é algo a mais, a centralidade que o tema da corrupção passou a ocupar nas agendas públicas nacionais e internacionais.  Isto se expressa, por exemplo, na ampla legislação produzida sobre o tema, na criação de instituições de combate à corrupção, na difusão de programas e movimentos anticorrupção e na destituição de governos nos diferentes continentes em nome do combate à corrupção. Em suma, a corrupção ganhou o status de um problema público internacional, presente em países pobres e ricos, do sul e do norte, com regimes democráticos e autoritários.
  • Da vida em jogo. Poéticas antropológicas do Poker

    R$ 60,00

    O entrelaçamento entre a literatura prescritiva que ensina a jogar poker, as entrevistas com jogadores e o relato das próprias experiências do autor como jogador amador (no duplo sentido) conduzem o leitor às entranhas do jogo, nem tanto ao seu universo (sua organização, suas regras), mas principalmente à experiência do poker – como deve fazer toda boa etnografia. O leitor que apostar suas fichas na leitura verá que a aposta se paga.

  • ​Devir Negro. Uma etnografia de encontros e movimentos afro-culturais

    R$ 60,00

    ​A obra é resultado de uma pesquisa etnográfica desenvolvida junto aos blocos afro da cidade de Ilhéus, Bahia. Este trabalho traz a ideia de que o que caracteriza tais movimentos é, antes, a vontade de diferir do que a de produzir identificação, apostando na efetivação de modos de vida singulares através de práticas que inventam um modo de ser negro, as quais são minuciosamente descritas. As variadas atividades de caráter político, artístico, social, educativo etc., que marcam as ações desses grupos, somente se deixam perceber em sua complexidade uma vez que se considere os seus múltiplos liames – simbólicos, afetivos e práticos – com os contextos relacionais que estão em sua origem e em seu funcionamento. Essas múltiplas linhas de conexão são tratadas neste livro através de uma abordagem que privilegia a produção da diferença e dos processos dinâmicos que atravessam tais coletivos.

  • Devir Quilombola na Terra do Santo. A tessitura de um mundo composto

    R$ 65,00

    Este livro resulta de pesquisas etnográficas realizadas em povoados do interior de Alcântara, no Maranhão, e trata da constituição do território quilombola na terra do santo, revelando um modo específico de viver e elaborar a própria história. Nele encontramos um liame com as preocupações sempre presentes nos trabalhos de Emília: a relação entre pessoas, identidades e terra, e sobre como o Estado contemporâneo lida com as formas de uso e apropriação comum da terra. São mundos nas “bordas do capitalismo e das formas ultrajantes de racismo”, na expressão de José Carlos dos Anjos. Emília trata dos modos de organização da vida, acompanha pessoas em seus movimentos entre povoados e na distante periferia paulistana, mostrando como nas situações não previstas opera a lógica das vicinalidades. As formas próprias de elaboração das transformações produzidas são expressas pela noção êmica de mundo composto – um mundo que não é consumptivo das diferenças que o compõem e é revelado em seus tempos e espaços rituais e cotidianos.

    Primeira edição: 2023
    220 páginas

  • Dorival Caymmi. A pedra que ronca no meio do mar

    R$ 50,00

    Dorival Caymmi, o Buda nagô, belo, bom e ímpar, cantado por Gilberto Gil, apresenta-se em nova angulação neste livro de Vítor Queiroz. O autor também se criou na cidade de cotidiano “denso e oleoso” retratada por Jorge Amado, na “terra do branco mulato e do preto doutor” cantada por Caymmi, na “Roma negra” de Gil. Como seus antecessores ilustres, mas bem mais jovem, Vítor seguiu o itinerário deles e saiu de Salvador. Com isso, pode mirá-la sob nova perspectiva, valendo-se da interpretação apurada da vida e da obra de Caymmi. Na intersecção da antropologia com a história social, auxiliado por amplo conhecimento musical, Vítor Queiroz expõe os alicerces que sustentam a (merecida) consagração de Caymmi. Recupera a inscrição do “patriarca” da música popular nas cidades onde ele fez nome e ampliou a fama; examina sua obra com atenção ao entrelaçamento entre o silêncio e a experiência racial; focaliza as parcerias que atiçaram sua imaginação – Jorge Amado, Carybé, Verger. Esses sucessivos focos compõem uma figuração complexa de Caymmi e de sua apropriação por distintas linhagens de músicos que continuam a ecoar a sua voz. Vigorosa, a intepretação de Vítor abre uma clareira no debate das relações raciais à brasileira, ao desvelar novas conexões entre forma artística e conteúdo social.

  • Entre a letra e a tela. Literatura, imprensa e cinema na América Latina (1896-1932)

    R$ 45,00

    Materialmente mais resistentes que o celuloide, e socialmente mais assimilados à paisagem cultural quando do surgimento do cinema, muitos impressos da época constituem um testemunho, às vezes único, de modos de perceber, compreender e reagir perante a irrupção do novo espetáculo. Um espetáculo que, em suas três primeiras décadas de existência, passa de atração integrada a outros entretenimentos, tais como feiras e vaudevilles, a uma prática autônoma, com linguagens e propostas estéticas diversas, ainda que uma delas, a estética hollywoodiana, já tivesse se tornado hegemônica. Transcorrido esse período, o advento do som coloca outras questões, reorganizando os termos da interação entre a palavra (em sua dupla feição oral e escrita) e a tela. Os ensaios que integram este livro se detêm nesse limiar, concentrando-se no denominado período silencioso.

  • Escritas descentradas. O ensaio dos escritores na América Latina

    R$ 60,00

    Este livro reúne um conjunto de artigos que indagam sobre o ensaio de escritores de ficção na América Latina, de 1970 até a atualidade. O tema delimita uma questão específica: pensar sobre a instância discursiva em que o escritor se desvencilha das mediações da ficção – o narrador, a personagem – e assume uma enunciação subjetiva ligada ao nome próprio e em consonância com uma experiência íntima. Por certo, retornar ao ensaio, nos dias de hoje, em que a literatura se oferece como espaço de exploração das mais variadas formas de registro autobiográfico, a ponto de invalidar a distinção entre o vivido e o imaginado, não significa restituir um debate sobre as especificidades dos gêneros literários; especificidades, aliás, que a literatura, na sua linhagem moderna, se empenha em dissolver. Ao contrário, supõe voltar às reflexões acerca de uma forma de escrita que, desde suas origens, fez da liberdade seu princípio constitutivo, aproximando a palavra literária da experiência subjetiva em um movimento de identificação com a vida.

  • Estar entre. Ensaios de literaturas em trânsito

    R$ 50,00

    ​Paloma Vidal tem bastante experiência quando se trata de “Estar entre”. Nestes seus “ensaios de literaturas em trânsito” ela não deixa dúvidas quanto a isso. Uma série de paradoxos são desdobrados nesse “estar entre”: entre línguas, culturas e países, mas, sobretudo, entre as páginas de livros. Paloma fala entre livros, mas também entre cidades: Rio de Janeiro, Buenos Aires, Paris, Los Angeles… Para Walter Benjamin existem dois tipos de aproximação da cidade: a feita pelos que lhe são nativos e a pelos de fora. Os nativos são minoria dentre os autores de descrições de cidade, justamente porque não conseguem a distância necessária para escrever sobre a sua cidade. Se nossa língua estabelece um mapa para trilharmos o mundo, estar entrelínguas (como acontece na escritura de Paloma) permite uma produtiva quebra da bússola e sua fragmentação em cacos que lançam luzes inusitadas sobre outros mundos e outros modos de estar aí.