Exibindo 49–64 de 73 resultados

  • O gosto das coisas etnográficas. Os sentidos na antropologia

    R$ 65,00

    O gosto das coisas etnográficas, de Paul Stoller, foi o prenúncio de uma “revolução sensorial” na antropologia. Ao fomentar uma abordagem cultural do estudo do sensorial e uma abordagem sensorial do estudo da cultura, constituiu os sentidos tanto como objeto de estudo quanto como modo de investigação. O livro está repleto de despertares sensoriais. Por exemplo, Stoller registra um incidente no qual um mestre feiticeiro (sorko) Songai o repreendeu por ser incapaz de discernir o som da alma errante de um paciente adoentado quando o mestre a libertou de um montículo de palha. O sorko observou: “Você olha, mas você não vê. Você toca, mas você não sente. Você ouve, mas não escuta. Sem visão ou tato, pode-se aprender bastante. Mas você deve aprender como escutar, ou você pouco aprenderá sobre nossos costumes”. As muitas sensações – coloridas, sonoras e aromáticas, assim como deliciosas e repugnantes – evocadas por Stoller nos capítulos deste livro inspiraram uma legião de outros antropólogos a se engajar com uma investigação social baseada nos sentidos, ou “etnografia sensorial”. Este livro certamente aguçará o apetite de leitores por mais “estudos sensoriais”.

    David Howes / Centro de Estudos Sensoriais da Universidade Concordia

  • O jogo da dominação – A perturbação

    R$ 50,00

    O jogo da dominação
    Durante um passeio ao supermercado em uma grande cidade, depois de serem barradas na rua pela polícia, uma mãe desiludida, sua filha idealista e a caçula curiosa discutem entre si sobre a exclusão invisível da sociedade e desvendam o “jogo” para combater o medo e resistir-se à injustiça, com astucia, alegria… e sorvetes!

    A perturbação
    Um homem, perturbado pelo que sabe de um político e torturado por uma terrível ânsia de vômito, solicita um tratamento emergencial no dia das eleições presidenciais do Brasil a dois psicanalistas estrangeiros, célebres por empregar técnicas de choque emocional e controvertidos métodos de drama-terapia, enquanto na rua vão crescendo os gritos das manifestações políticas.

    Prefácios de Theotonio de Paiva, Carolina Virgüez e Rodrigo Labriola
    Brochura
    196 páginas
    1a Edição: dezembro de 2023

  • O mundo popular. Trabalho e condições de vida

    R$ 50,00

    Este livro reúne artigos sobre a vida econômica dos pobres urbanos, visando compreender como eles vivem e sobrevivem nas cidades brasileiras. Luiz Antonio Machado da Silva acompanha sua circulação entre trabalho formal, informalidade e seus diversos mercados, sempre atento às escolhas situadas que realizam, às estratégias que desenvolvem e aos arranjos que articulam para seguir vivendo. Analisando com sensibilidade etnográfica e sofisticação teórica ímpares como essas dimensões se imbricam no “mundo da vida”, Machado ilumina processos e antecipa questões centrais para quem se interessa pela relação entre mundo popular e acumulação urbana. Em suas palavras, este livro trata de “como a exploração é enfrentada no dia a dia pelas camadas populares e como daí deriva o modo de integração urbana”. Em tempos de crise da sociedade salarial e desinstitucionalização do trabalho, sua leitura é imprescindível.

  • ​O samba é fogo. O povo e a força do Samba de Véio da Ilha do Massangano

    R$ 45,00

    A autora investiga o modo como sambistas da Ilha do Massangano – situada no Vale Submédio do rio São Francisco entre as cidades de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) – relacionam os usos de seu corpo à uma elaboração própria do que é ser pessoa. Estes sambistas estabelecem uma forte relação entre o controle dos fluxos (chamados de força ou de fogo) que passam através de seus corpos e a noção de existência. O ‘fogo’ seria tanto efeito da produção do som – que nada mais é do que o resultado do encontro entre os corpos – juntamente ao seu sapateado frenético, quanto do uso de bebidas alcoólicas. A noção de equilíbrio, de controle dos fluxos e dos corpos, é, na Ilha, fundamental para que se mantenha o mínimo de organização nos estados de existência, para que a vida possa seguir sendo vivida.

  • O samba é fogo. O povo e a força do Samba de Véio da Ilha do Massangano (PDF livre)

    R$ 0,00

    A autora investiga o modo como sambistas da Ilha do Massangano – situada no Vale Submédio do rio São Francisco entre as cidades de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) – relacionam os usos de seu corpo à uma elaboração própria do que é ser pessoa. Estes sambistas estabelecem uma forte relação entre o controle dos fluxos (chamados de força ou de fogo) que passam através de seus corpos e a noção de existência. O ‘fogo’ seria tanto efeito da produção do som – que nada mais é do que o resultado do encontro entre os corpos – juntamente ao seu sapateado frenético, quanto do uso de bebidas alcoólicas. A noção de equilíbrio, de controle dos fluxos e dos corpos, é, na Ilha, fundamental para que se mantenha o mínimo de organização nos estados de existência, para que a vida possa seguir sendo vivida.

  • Ônibus

    R$ 50,00

    Associamos o gênero “literatura de viagens” a grandes movimentações pelo globo, cenas exóticas, distâncias impressionantes. Aqui, vemos uma torção peculiar do gênero: motivado pela leitura de um breve texto de Georges Perec, o escritor argentino Elvio E. Gandolfo escreve sobre as viagens de ônibus que, durante anos, realizou entre Rosário e Buenos Aires. Mesclando o tom de um relato de viagens com o de anotações em diário íntimo, Gandolfo transforma o travelogue em uma exploração meticulosa e delicada das alterações na percepção das paisagens, das estradas, dos encontros e das histórias que transcorrem durante os mais comuns trajetos, nos quais os desvios e recomeços que o texto narra são também constitutivos do modo como, aqui, se narra. Nesse processo, o ordinário se transmuta, revelando uma fisionomia com traços novos e mostrando – ao mesmo tempo para o narrador e para o leitor – que em toda viagem há também um percurso em um “mundo privado”, que a produção recente do autor tem buscado revelar e explorar.

    Tradução: Davidson Diniz
    Primeira edição: 2019

  • Os brancos, os judeus e nós. Rumo a uma política do amor revolucionário

    R$ 65,00

    O Nós que emerge de nosso encontro, o Nós da superação da raça e de sua abolição, o Nós de uma nova identidade política que devemos inventar coletivamente, o Nós da maioria e da maioridade decolonial. O Nós da diversidade de nossas crenças, de nossas convicções e de nossas identidades, cuja complementaridade e irredutibilidade é afirmada por esse Nós. O Nós da paz que nós fizemos por merecer, já que pagamos o preço mais alto. O Nós de uma política do amor, que não será jamais uma política do coração. Já que para a realização desse amor não há nenhuma necessidade de se amar ou de se apiedar. É suficiente se reconhecer e incarnar “o preciso momento antes do ódio”, para afastá-lo da maneira que for possível e, com a energia do desespero, evitar o pior. Tal será o Nós do amor revolucionário.

    Tradução
    Erick Araujo e Vladimir Moreira Lima

  • Os sentidos da paternidade. Dos “pais desconhecidos” ao exame de DNA

    R$ 60,00

    ​Os novos sentidos da paternidade são apresentados de maneira fascinante neste livro, que revela como as alterações na legislação brasileira e as novas técnicas de investigação, a partir do exame de DNA, dão significados inusitados à prática da busca de reconhecimento legal do pai biológico. Relatos comoventes de filhos que procuram esse reconhecimento desvelam os diferentes valores atribuídos à paternidade, à conjugalidade, à vida familiar, à adoção, ao cuidado e ao amor. Vemos assim como as mudanças legais e tecnológicas reverberam no modo como esses sujeitos concebem suas relações atuais e refazem suas interpretações sobre o passado e os dramas vividos na infância.

  • Passeios com Robert Walser

    R$ 60,00

    Em 1929, depois de algumas tentativas de suicídio, Robert Walser foi levado ao hospício de Waldau pela irmã que o adorava. Em 1933, foi transferido a contragosto para o hospício de Herisau e parou de escrever. Em 1936, o editor e filantropo Carl Seelig, grande admirador da obra de Walser, foi autorizado a visitá-lo regularmente e a acompanhá-lo em passeios pelo campo e pelas montanhas. Durante 20 anos, os dois se encontraram para longas caminhadas pelas paisagens suíças. Esses encontros, em que conversavam sobre a literatura, a amizade, a natureza, estão registrados neste belo Passeios com Robert Walser. (Bernardo Carvalho)

  • Pelos caminos do Cafundá. Paisagem e memórias de um quilombo carioca

    R$ 60,00

    Quando Stella chegou em nossa comunidade, ninguém entendia muito bem o que uma antropóloga fazia. Ela primeiro propôs vir morar na nossa casa, o que era muito estranho, depois ela caminhava para toda parte, entrava em todo lugar e perguntava sem parar as coisas da gente. De um momento a outro ela começou a fazer parte do nosso cotidiano, se tornou conhecedora dos nossos caminhos na mata e das casinhas mais recônditas, e, convivendo intensamente conosco, Stella ganhou nossa confiança até se tornar da família, baseado em um princípio que praticamos: “por aqui todo mundo é parente, mas nem todo mundo é da família, pois para ser da família não precisa ser parente”. Virar da família é virar parceira, é isso que Stella é para nós. A parceria com o meio acadêmico trouxe para o nosso território um novo olhar, um estranhamento que ajudou a nos compreendermos desde outra dimensão, dando visibilidade às coisas que sempre estiveram aí e nem sempre tínhamos percebido.

  • Pensar com método

    R$ 30,00

    Realizado em parceria com o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, o livro Pensar com método reune contribuições de disciplinas como a antropologia, a ciência política, a demografia, a sociologia e a história, nas quais os autores nos oferecem estimulantes ensaios metodológicos. Trata-se de uma coletânea para todos os públicos, não apenas cientistas sociais. Percorrendo vários temas, mas não se circunscrevendo a análises temáticas, os textos apresentados visam ajudar alunos, pesquisadores e professores a lidar com as complexidades do trabalho de quem procura entender e explicar os mundos sociais contemporâneos.

  • Perla

    R$ 40,00

    Roberto Videla narra, em Perla, o encontro entre uma mãe e seu filho. Generoso e delicado, atento aos detalhes da intimidade, seu relato consegue capturar diversos matizes da relação filial e, ao mesmo tempo, esboçar um retrato do passar da vida numa cidade do interior da Argentina. Narrativa de desafios sutis, disfarça em sua simplicidade um convite para observar, como disse uma vez Barthes, “a família sem o familialismo”.

  • Pigmentos – Nevralgias

    R$ 70,00

    Pigmentos foi publicado originalmente em 1937. Nevralgies em 1966. Nesta edição as leitoras e os leitores poderão ter os dois livros juntos, em edição bilíngue, seguido de um rico posfácio crítico. Sobre Damas, seu aluno, o poeta da Guadalupe, Daniel Maximin escreve:
    “Assim a sua ação se fará até à sua morte através de muitas atividades disparatadas que cumprirá com um misto de ardor, de diletantismo, de distância e de paixão, sempre impulsionado pelo fervor em recolher sem descanso as palavras de beleza e de revolta de todo o mundo negro, dessas culturas da África e da América na ânsia de abraçá-las a todas, defendê-las e difundi-las, de Paris a Dakar, de Harlem ao Rio, de Fort-de-France a Caiena”. Trecho de “Léon-Gontran Damas, fogo sombrio sempre…”

    Quanto à palavra Negritude propriamente dita, Senghor atribui explicitamente a invenção a Césaire, enquanto este afirma que o conceito foi fruto de uma criação coletiva. Ambos, no entanto, reconhecem a sua primeira e plena realização no volume de Pigmentos, de Damas, publicado em 1937.
    Do posfácio de Lilian Pestre de Almeida

    Tradução de Lilian Pestre de Almeida
    Notas, cronologia, posfácio e bibliografia:
    Lilian Pestre de Almeida em colaboração com Antonella Emina

  • Religião e materialidades. Novos horizontes empíricos e desafios teóricos

    R$ 65,00

    Este é um livro sobre “religião material”. Parte da ideia de que não há religião sem materialidade e que as formas materiais não são um aspecto acessório ou consequente de uma anterioridade substantiva da religião. Tomar essa formulação como postulado inicial transforma o próprio modo pelo qual concebemos e analisamos a religião. Ao fazê-lo, nos afastamos da perspetiva que trata a religião como um fenômeno cognitivo, interior; da ordem da crença. Em contrapartida, insistimos em reconhecê-la a partir daquilo que é da ordem da experiência, das formas de mediação, dos corpos.

  • Restos épicos. A literatura e a arte na mudança de época

    R$ 60,00

    É nosso modo de ver o tempo que se perturba neste livro, com uma densidade e astúcia teóricas que surpreendem a cada leitura. Este trecho da abertura resume as estratégias através das quais isso se torna possível: “este livro focará principalmente contextos inesperados, as cenas consideradas provocativas ou carentes de sentido, os anacronismos ou montagens inusitadas, isto é, no aparecimento de emblemas revolucionários ali onde não são esperados, providos de linguagens ou atitudes que não são as que estamos acostumados a escutar ou ver ou então tratados de um modo diferente do que esperamos que sejam tratados”. Olhar desse modo para as manifestações artísticas do passado e do presente, focando no inesperado e no inusitado, atentando ao que há de contraditório e de lacunar no que elas constroem, é o que permite vislumbrar o quanto esses restos são faíscas que podem reascender um outro futuro. Assim, debruçando-se sobre obras produzidas na Argentina e no Brasil entre o final dos anos 60 e o início dos anos 90 – de Oscar Bony e Oscar Masotta; de Clarice Lispector ou Silviano Santiago; de Eduardo Coutinho ou Hélio Oiticica; passando por vários outros artistas, cineastas e escritores, para chegar a produções mais recentes de Martín Gambarotta e João Gilberto Noll –, Mario Cámara narra uma mudança de época, tornando inteligíveis heranças que, lidas sem complacência e com generosidade, quem sabe possam deixar de nos assombrar.

    Tradução de Paloma Vidal.

  • Rituais, poemas, pronomes (Ebook)

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