Showing 17–32 of 87 results
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R$ 65,00
Este extraordinário livro, que inclui artigos de nomes importantes no campo do autismo e da deficiência, é um experimento reflexivo. Ele insiste em desestabilizar tradições que privilegiam discursos clínicos/científicos ao invés de estéticos e fenomenológicos. Ele questiona a tendência nos estudos sobre saúde global de colocar o Sul Global na posição de “falta” de algo que o Norte Global pode oferecer. Este é um livro que deve ser lido, não apenas por aqueles que se interessam por autismo especificamente, mas por todos aqueles que tentam de alguma forma conciliar a ciência social crítica, a epidemiologia e as políticas públicas sem deixar de atentar para o modo como a experiência vivida pode ir além de categorias diagnósticas e discursos normativos.
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R$ 50,00
Apoiado em cuidadoso trabalho etnográfico e histórico, Guilherme R. Passamani oferece importante contribuição para o campo de estudos sobre gênero e sexualidade. Desenvolvida em Corumbá e Ladário, cidades fundadas na fronteira ocidental brasileira, a reflexão do antropólogo explora outras tantas “fronteiras” e desloca certos lugares comuns e concepções canônicas dessa área de estudos. Problematiza, sobretudo, as ideias de que as grandes metrópoles são o habitat natural das dissidências sexuais e de gênero, que sexualidade e juventude são quase sinônimos e, finalmente, que o chamado “closet” homossexual é sempre um espaço inabitável. Mostra desse modo que, observadas a partir de suas “fronteiras”, sexualidade, geração e regionalidade não se apresentam como territórios claramente delimitados, mas sim como paradas momentâneas e instáveis em um fluxo incessante de deslocamentos, trocas e passagens.
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R$ 70,00
Blue note é um livro-mosaico, cujo sentido depende das combinações dos diferentes temas que aborda. Crítica literária, análise sociológica e registro etnográfico são algumas das áreas evocadas para o autor relacionar experiências autobiográficas, fatos históricos e debate político. Blue note envolve os leitores com o tecido da inquietação estética e filosófica. Sua linguagem às vezes explícita, às vezes labiríntica, se expõe como um exercício de montagem e desmontagem dos sentidos que atribuímos ao mundo. E daí procede o seu caráter de obra aberta ao diálogo e em processo de construção.
Segunda edição revista e ampliada
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R$ 25,00
Um homem passeia pelos Alpes suíços, percorrendo aldeias remotas e caminhos campestres na companhia de um amigo. Outro perambula por uma Moscou frenética, em busca de amor, velhos brinquedos e horizontes utópicos. Um terceiro vagueia pela Cidade do México, testemunhando a agonia de sua própria juventude e dos sonhos de sua geração, vivendo uma lenta glória apocalíptica marcada desde o início por uma tonalidade crepuscular. Robert Walser, Walter Benjamin e Roberto Bolaño são os autores que passeiam aqui nesses textos de Cristopher Dominguez Michael que, com excelência e graça, nos leva a transitar junto com eles em suas deambulações pelo feérico século XX. Artífice maior dessa combinação rara – a do resenhista jornalístico que trabalha com a intensidade inquisitiva do ensaio –, Dominguez Michael nos convida aqui a pensar com ele uma questão que, embora antiga, parece ainda fundamental: o que a obra oferece à indagação sobre a vida, a história e a experiência dos autores que com ela se inventam?
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R$ 0,00
A branquitude (ou a brancura) não é o contrário de negritude. É oportuno lembrar que esses conceitos surgem e se enraízam nos discursos em diferentes momentos históricos, envolvendo fenômenos e propósitos diversos. Enquanto a negritude é um conceito tecido por um discurso êmico, para realçar sentidos de pertença e orgulho negro que o colonialismo destroçou, enquanto se elevou como voz regenerativa e em busca de afirmação identitária; a branquitude é um conceito elaborado a partir de um discurso ético, criado para desvelar certos processos e relações estruturais de dominação, para desmascarar a face oculta do colonialismo, como um operador sub-reptício de naturalização do branco e para transformá-lo em ideal e em universal.
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R$ 65,00
Mais que janelas para o mundo, as casas trazem o mundo dentro dela. Para dar concretude a essa formulação, o livro detém-se nas dimensões materiais, simbólicas e históricas das casas. Vistas do interior ou espreitadas a partir de ângulos inesperados, elas sedimentam a memória, instituem moralidades, reproduzem habitus de classe, modelam corpos, prescrevem afetos, fomentam a sociabilidade. Casas irradiam concepções de indivíduo e família, redes de parentesco, genealogias. Fixam tipologias de habitação, expressões estéticas e arranjos sociais. Vividas, narradas, lembradas, filmadas ou cantadas, criam imaginários de liberdade e exibem fraturas sociais. Provisórias, fabulam pertencimentos, forçam deslocamentos e perpetram exclusões. Caleidoscópicas, dão a ver relações entre o mercado e o Estado, estruturas de sentimentos e cosmologias do morar. Lugar de intimidade, elas são atravessadas pela política e por fronteiras porosas que obrigam a rever a dicotomia entre público e privado.
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R$ 60,00
O que pode a literatura como atuação política? Essa pergunta, que permeia “Literatura e poder”, primeiro ensaio deste livro, é respondida a partir da análise minuciosa de diversos textos de Roland Barthes, desde O grau zero da escrita (1953) até O prazer do texto (1973). Giordano está muito longe de situar essa preocupação política numa primeira fase de Barthes, como a maioria dos críticos: mesmo em suas obras mais experimentais, ou mais psicanalíticas, a pergunta pelo poder da literatura na sociedade está sempre lá. Mas o poder de Barthes não se reduz à política. Nos outros ensaios deste livro, Giordano nos mostra como a experiência e o prazer se inserem em seus textos críticos, em um gesto que beirava, no momento de sua escrita, o suicídio intelectual. Giordano não tampa os ouvidos para esse Barthes-sereia, mergulha com ele nesse abismo que se produz entre o afeto e a crítica, para nos mostrar que o grande poder de Barthes é nos fazer escrever. (Claudia Amigo Pino)
Tradução de Diogo de Hollanda e Paloma Vidal
Brochura
120 páginas
1a edição: novembro de 2023
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R$ 65,00
“Sabemos da aura fascinante que acompanha o nome de Chiquinha Gonzaga. Pioneira e transgressora, a compositora e maestrina habita o imaginário coletivo com seu exemplo de luta e vitória no enfrentamento de opressões e constrangimentos impostos a uma mulher no Rio de Janeiro do Segundo Reinado e Primeira República. Agora, saberemos mais.
Compondo Chiquinha Gonzaga. Contrapontos antropológicos traz uma contribuição valiosa ao debate de questões centrais da cultura brasileira. Em torno da vida da compositora, o trabalho de Rafael do Nascimento Cesar tem uma amplitude de análise que interessa a todo aquele que se debruça sobre o fazer biográfico.
Aspectos por muito tempo silenciados da vida pessoal da compositora são por ele analisados sem reservas. E muito mais abrange o seu olhar de pesquisador e intelectual, ampliando o encantamento que nos proporciona o relato de vida dessa personagem sem igual na galeria de personalidades brasileiras”.
Edinha Diniz
Primeira edição: 2023
192 p.
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R$ 45,00
A meio caminho entre um caderno de anotações, um diário, um rascunho de ideias, este livro raro de Aira reune pensamentos sobre literatura e arte, descrições de sonhos, lembranças de suas primeiras leituras, observações sobre a memória e o esquecimento e digressões sobre a arte da ficção. O livro está composto por uma série de fragmentos de não mais de uma página que, em espaço reduzido, funcionam com a potência inesperada do haicai.
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R$ 60,00
Este livro resulta de uma singular experiência de etnografia coletiva, realizada durante mais de uma década entre o Brasil e o Haiti. Apresenta uma visão etnográfica e teórica consistente de um conjunto de questões chave da antropologia contemporânea; como sangue, família, dinheiro, comércio, frustração, misturas, feitiço, diáspora e ancestrais. Cada um dos capítulos conversa, por sua vez, com os outros: o sangue está incrustado na família, a mobilidade na frustração, os ancestrais no feitiço e assim por diante como em uma roda de conversa, ou como em uma conversa espiralada que, como toda etnografia, é sempre também cumulativa. Haiti, um universo de pessoas intensamente interconectadas que se estende além-fronteiras colapsando presente, passado e futuro; interações enraizadas nas experiências do colonialismo, da escravidão, da persistente miséria e do caráter inacabado da nação que faz da questão nacional uma obsessão não só entre os intelectuais que pensam o país, mas também entre as pessoas que vivem “o Haiti” e que estão obrigadas a lidar com “o Haiti” para pensar no futuro de suas vidas.
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R$ 35,00
Este livro resulta de uma singular experiência de etnografia coletiva, realizada durante mais de uma década entre o Brasil e o Haiti. Apresenta uma visão etnográfica e teórica consistente de um conjunto de questões chave da antropologia contemporânea; como sangue, família, dinheiro, comércio, frustração, misturas, feitiço, diáspora e ancestrais. Cada um dos capítulos conversa, por sua vez, com os outros: o sangue está incrustado na família, a mobilidade na frustração, os ancestrais no feitiço e assim por diante como em uma roda de conversa, ou como em uma conversa espiralada que, como toda etnografia, é sempre também cumulativa. Haiti, um universo de pessoas intensamente interconectadas que se estende além-fronteiras colapsando presente, passado e futuro; interações enraizadas nas experiências do colonialismo, da escravidão, da persistente miséria e do caráter inacabado da nação que faz da questão nacional uma obsessão não só entre os intelectuais que pensam o país, mas também entre as pessoas que vivem “o Haiti” e que estão obrigadas a lidar com “o Haiti” para pensar no futuro de suas vidas.
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R$ 60,00
A primeira versão deste livro foi escrita no começo dos anos de 1990. Nesta ocasião, o autor destacava o caráter cíclico do surgimento dos “casos” e “escândalos” de corrupção no debate público. Transcorridos os anos, o que se constata é algo a mais, a centralidade que o tema da corrupção passou a ocupar nas agendas públicas nacionais e internacionais. Isto se expressa, por exemplo, na ampla legislação produzida sobre o tema, na criação de instituições de combate à corrupção, na difusão de programas e movimentos anticorrupção e na destituição de governos nos diferentes continentes em nome do combate à corrupção. Em suma, a corrupção ganhou o status de um problema público internacional, presente em países pobres e ricos, do sul e do norte, com regimes democráticos e autoritários.
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R$ 0,00
A primeira versão deste livro foi escrita no começo dos anos de 1990. Nesta ocasião, o autor destacava o caráter cíclico do surgimento dos “casos” e “escândalos” de corrupção no debate público. Transcorridos os anos, o que se constata é algo a mais, a centralidade que o tema da corrupção passou a ocupar nas agendas públicas nacionais e internacionais. Isto se expressa, por exemplo, na ampla legislação produzida sobre o tema, na criação de instituições de combate à corrupção, na difusão de programas e movimentos anticorrupção e na destituição de governos nos diferentes continentes em nome do combate à corrupção. Em suma, a corrupção ganhou o status de um problema público internacional, presente em países pobres e ricos, do sul e do norte, com regimes democráticos e autoritários.
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R$ 60,00
O entrelaçamento entre a literatura prescritiva que ensina a jogar poker, as entrevistas com jogadores e o relato das próprias experiências do autor como jogador amador (no duplo sentido) conduzem o leitor às entranhas do jogo, nem tanto ao seu universo (sua organização, suas regras), mas principalmente à experiência do poker – como deve fazer toda boa etnografia. O leitor que apostar suas fichas na leitura verá que a aposta se paga.
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R$ 60,00
A obra é resultado de uma pesquisa etnográfica desenvolvida junto aos blocos afro da cidade de Ilhéus, Bahia. Este trabalho traz a ideia de que o que caracteriza tais movimentos é, antes, a vontade de diferir do que a de produzir identificação, apostando na efetivação de modos de vida singulares através de práticas que inventam um modo de ser negro, as quais são minuciosamente descritas. As variadas atividades de caráter político, artístico, social, educativo etc., que marcam as ações desses grupos, somente se deixam perceber em sua complexidade uma vez que se considere os seus múltiplos liames – simbólicos, afetivos e práticos – com os contextos relacionais que estão em sua origem e em seu funcionamento. Essas múltiplas linhas de conexão são tratadas neste livro através de uma abordagem que privilegia a produção da diferença e dos processos dinâmicos que atravessam tais coletivos.
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R$ 65,00
Este livro resulta de pesquisas etnográficas realizadas em povoados do interior de Alcântara, no Maranhão, e trata da constituição do território quilombola na terra do santo, revelando um modo específico de viver e elaborar a própria história. Nele encontramos um liame com as preocupações sempre presentes nos trabalhos de Emília: a relação entre pessoas, identidades e terra, e sobre como o Estado contemporâneo lida com as formas de uso e apropriação comum da terra. São mundos nas “bordas do capitalismo e das formas ultrajantes de racismo”, na expressão de José Carlos dos Anjos. Emília trata dos modos de organização da vida, acompanha pessoas em seus movimentos entre povoados e na distante periferia paulistana, mostrando como nas situações não previstas opera a lógica das vicinalidades. As formas próprias de elaboração das transformações produzidas são expressas pela noção êmica de mundo composto – um mundo que não é consumptivo das diferenças que o compõem e é revelado em seus tempos e espaços rituais e cotidianos.
Primeira edição: 2023
220 páginas