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R$ 0,00
Este livro pode ser lido como uma coleção de fotografias que retratam com precisão a trêmula recepção do estruturalismo e do pós-estruturalismo francês na Argentina e no Brasil dos anos 60 e 70. O trabalho de exploração arqueológica aqui realizado se assemelha ao de uma visita às memórias póstumas de um momento que ainda sobressai como utópico para a teoria e a crítica literária argentina e brasileira, e o enfoque crítico lança um olhar retrospectivo a alguns dos protagonistas da cena analisada. As entrevistas com Héctor Schmucler, Nicolás Rosa, Germán García, Ernesto Laclau, Leyla Perrone-Moisés e Silviano Santiago são o testemunho eloquente da experiência integral do autor como pesquisador e crítico, ao mesmo tempo em que fornecem chaves para elucidar os sintomas culturais, históricos, políticos e ideológicos desses anos efervescentes.
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R$ 70,00
A tradução para o português do livro Teoria Crip: signos culturais entre o queer e a deficiência merece ser celebrada – e lida! – pelo público brasileiro. A obra de Robert McRuer é um ponto de virada para diferentes áreas das ciências sociais e humanidades, mas também é profundamente inspiradora para nos situarmos no mundo. Teoria Crip é uma crítica sagaz ao regime de capacidade corporal compulsória em que vivemos. Percorrendo variadas fontes de pesquisa, McRuer nos convida a desnaturalizar a distinção entre normal e anormal, entre capacidade e deficiência. A leitura do livro vai aguçando nossa percepção para como sinais da deficiência podem estar em lugares quiçá inesperados, como no casamento heterossexual, na lógica de produção universitária, em instituições financeiras como o Banco Mundial ou programas televisivos como “Queer Eye for the Straight Guy”. Com sua escrita rigorosa, provocativa e irreverente, é impossível sairmos ilesos da leitura de Teoria Crip.
Texto de Pedro Lopes, Universidade de São Paulo
Supervisão da tradução: Anahí Guedes de Mello e Olivia von der Weid
1a. Edição: 2024
348p.
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R$ 60,00
“Tudo é grande demais para a pobre medida da nossa pele” reúne um conjunto de resenhas imaginárias de livros tramados pela fecunda criatividade de seu autor, Bernardo Brayner. Seguindo uma conhecida ideia de Borges, que acreditava ser empobrecedor escrever livros de quinhentas páginas expondo ideias que cabem em poucas, Brayner confecciona seu livro a partir de fragmentos diversos e heterogêneos de outros livros (todos eles inventados), mas que, várias vezes, se comunicam produzindo a sensação de uma narrativa unificada. Além da imaginação que abunda na composição de cada um dos argumentos literários, o livro é enriquecido pelo desenho das capas, fotos e entrevistas com alguns dos autores(as) imaginários.
Desenhos de Ana Vizeu.
Fotos de Paulo Borgia.
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R$ 50,00
Qual é o uso que um escritor faz da crítica literária?, perguntava-se Ricardo Piglia em seu livro Crítica e ficção. Renata Magdaleno retoma a pergunta de Piglia no contexto latino-americano contemporâneo, propondo pensar também no caminho inverso: qual é o uso que faz a crítica literária da ficção? O livro de Magdaleno está dividido em duas partes. Na primeira, uma série de ensaios abordam o uso da crítica na ficção e as formas em que é ficcionalizado o lugar do escritor contemporâneo em obras de autores argentinos e brasileiros como João Gilberto Noll, Martín Caparrós, Andrés Neuman, Ricardo Lísias e Alberto Giordano. A segunda parte discute a incidência de um registro narrativo e autobiográfico no interior do próprio discurso crítico, através de entrevistas com três reconhecidas pesquisadoras e críticas literárias: Florencia Garramuño, Ana Kiffer e Diana Klinger. Escritores em contínuo movimento, escritas performáticas, diluição de fronteiras: temas que atravessam as análises e que nos permitem pensar algumas das principais linhas de tensão que permeiam o campo literário contemporâneo.
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R$ 40,00
(livro em pré-venda, envios a partir de 15 de outubro)
O livro Viagem a Buenos Aires. Dez crônicas inéditas reúne dez crônicas publicadas originalmente em 1915 no jornal A Gazeta de Notícias, sob a assinatura de João do Rio. Essas crônicas são fruto da primeira e única viagem do autor à Argentina. Inseridas na tradição dos relatos de viagem, as crônicas de João do Rio procuram equilibrar a análise do contexto político no qual se desenvolve sua visita ao país vizinho com suas pretensões estéticas. A pesquisadora argentina Lucía González foi responsável pela cuidadosa recopilação, transcrição e organização dos textos, além de ter assinado o prefácio “João do Rio, um viajante raro”, no qual aprofunda a análise da obra e do autor.
Prefácio, organização e notas de Lucía González
ISBN: 978-65-87785-55-4
1a. Edição: 2024
Grampo
96p.
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R$ 25,00
Virou um clichê dizer que “a obra de Fulano é inclassificável”, mas no caso do escritor argentino Juan Rodolfo Wilcock (1919-1978) esse rótulo parece bem acertado. Wilcock viveu entre Argentina e Itália, foi tradutor, crítico literário, ghost writer, e fez uma ponta em um filme de Pasolini. Os títulos de alguns de seus livros denunciam sua peculiaridade, e a fibra jocosa com a qual operou na literatura e na vida: Persecución de las musas menores, Los dos indios alegres, La boda de Hitler y María Antonieta en el infierno. Seu livro mais conhecido, A sinagoga dos iconoclastas, é um convite à invenção por meio de uma coleção de Magister Vitae de inventores. Neste ensaio, Kelvin Falcão Klein visita a Lubriano onde Wilcock viveu em seus últimos anos, e palmilha arquivos em busca de “fatos inquietantes” em torno de um autor que encarnou, discreta e marginalmente, a proposta artística e vital de Marcel Duchamp.