R$ 60,00
(Livro em pré-venda. Envios a partir do dia 7 de abril)
Matías Serra Bradford traça uma série de silhuetas provisórias de poetas consagrados e secretos cujas personalidades são iluminadas pela escrita: eles se escondem, se multiplicam, se desdobram, se perdem. Animais tímidos e intransigentes que optam por se isolar em mundos domésticos que, nem por isso, são menos selvagens. O coração do livro bate nestas linhas: “Desde Rimbaud, a identidade deixou de ser um valor na poesia. O estilo é, e talvez a poesia pulverize uma identidade para obter, com sorte, um estilo”. Sem escrúpulos biográficos, Serra Bradford insiste em suas obsessões: o cruzamento entre vida e obra, a arte como forma, a fragilidade dos retratados, a proliferação de ofícios em que trabalham (há tradutores, artistas, desenhistas, viajantes, cineastas, jardineiros). De Matsuo Bashô a Fernando Pessoa, de Charles Baudelaire a Michael Hamburger, de Tom Raworth a Gabriel Ferrater, de Henri Michaux a Enrique Lihn, é difícil imaginar um cânone mais pessoal e multilíngue. A maneira e a frequência com que, no jogo das leituras, uns se referem aos outros, acabam criando uma família literária. Este livro é também um autorretrato involuntário, o de um escritor com um ouvido absoluto e um pulso refinado: um amante da música em espanhol que agora soa em português. (Judith Podlubne)
Tradução e desenhos internos de Kelvin Falcão Klein
Imagem de capa de María Jimena Herrera
Primeira Edição: abril 2025
112 p.
ISBN 978-65-87785-58-5